POLICIAIS DA PROVIDÊNCIA APREENDEM DROGAS E MATERIAL DE ENDOLAÇÃO

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Policiais da UPP local, durante patrulhamento de rotina na rua do Monte, nas proximidades da residência de número 47, lograram exito em apreender drogas e farto material para endolação de entorpecente. De acordo com as guarnições, um cerco foi realizado no local. No entanto, com a chegada dos policiais, os traficantes fugiram deixando para trás 125 papelotes de cocaína e material para endolação de entorpecentes.

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Com mais 2 prisões, Operação Argos chega a 21 detidos por tráfico no Rio

Ação de policiais da 22ª DP (Penha) e UPP do Alemão ocorreu nesta terça.
Operação apura tráfico e associação ao tráfico no Complexo da Penha.

Mais dois suspeitos de associação para o tráfico no Conjunto de Favelas da Penha, na Zona Norte do Rio, foram presos nesta terça-feira (31), por policiais da 22ª DP (Penha), em continuidade da Operação Argos, numa ação integrada com policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Alemão.

Com a prisão de Clayton Alves de Souza, o ‘Cotonete’, e Anderson de Melo Barboza, sobe para 21 o número de mandados de prisão cumpridos na Operação Argos, que apura crimes de tráfico e associação ao tráfico no Conjunto de Favelas da Penha.

De acordo com os policiais, Clayton atuava no gerenciamento financeiro da quadrilha, responsável pelo recolhimento dos valores arrecadados com a revenda ilícita de entorpecentes. Anderson atuava no gerenciamento geral da distribuição de entorpecentes, sendo o responsável pelo repasse das drogas aos seus pontos de revenda.

Fonte: G1

Visitante é flagrada com drogas em cadeia de Magé, na Baixada Fluminense

Material estava escondido em partes íntimas de Keina Pereira Gomes Neves, que visitaria o interno Arthur Fellipe dos Santos

Erva picada estava escondida nas partes íntimas de visitante

Foto:  Divulgação

Inspetores da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) apreenderam nesta terça-feira, na Cadeia Pública Romeiro Neto, em Magé, na Baixada Fluminense, duas embalagens com 42 balinhas de erva seca picada, possivelmente maconha, segundo a Seap.

O material estava escondido nas partes íntimas da visitante Keina Pereira Gomes Neves. De acordo com as informações, ela visitaria o interno Arthur Fellipe Sales dos Santos. O caso foi encaminhado para a 65ª DP.

Fonte: O Dia

Nos dez anos da Chacina da Baixada, familiares de vítimas fazem caminhada na Dutra

Caminhada, na Dutra, relembra os dez anos da chacina da Baixada
Caminhada, na Dutra, relembra os dez anos da chacina da Baixada Foto: Marina Navarro Lins / Extra

Cerca de 25 pessoas participam da caminhada em homenagem aos dez anos da Chacina da Baixada, na tarde desta terça-feira. O grupo saiu da porta da concessionária de veículos Besouro Verde, na Rodovia Presidente Dutra, por volta das 15h, com cartazes pedindo paz. No dia 31 de março de 2005, quatro policiais militares mataram 29 pessoas entre Nova Iguaçu e Queimados.

— A caminhada ajuda a relembrar a chacina e a pressionar as autoridades para que elas tenham um olhar diferenciado para a Baixada Fluminense. Mesmo dez anos depois, vemos uma família sofrendo com a violência a cada dia. Nossa região foi totalmente esquecida — afirma Luciene Silva, uma das organizadoras da caminhada.

Luciene perdeu o filho Raphael Silva Couto, de 17 anos, no massacre. Ele andava de bicicleta pela Dutra com um amigo quando foi atingido. Foi a primeira vítima da chacina.

Familiares de vítimas da chacina pedem paz para a Baixada
Familiares de vítimas da chacina pedem paz para a Baixada Foto: Marina Navarro Lins / Extra

Em 2005, a psicóloga Lydia Marques dos Santos fazia parte da Secretaria de Valorização da Vida e Prevenção da violência de Nova Iguaçu e, após a tragédia, reuniu os familiares das vítimas num grupo de terapia.

— Acabamos amigas e ficamos agarradas para o resto da vida. Por isso faço questão de vir na caminhada — diz Lydia.

Outras mortes violentas foram lembradas nos cartazes, como a do estudante Wellington Braz, assassinado no Viradão Carioca de Nova Iguaçu, em 2013. Coordenadora do Fórum Grita Baixada, Rosana Xavier Pereira acredita que a violência aumentou na região nos últimos dez anos:

— Com a migração do tráfico piorou muito. Temos que lutar contra ela. No dia 11 de abril, às 18h, faremos uma caminhada para celebrar as vítimas da chacina em Queimados. Vamos da Praça da Bíblia até a Praça Nossa Senhora da Conceição, no Centro da cidade.

Fonte: Extra

Mulher é suspeita de colocar fogo na casa de sobrinho por causa de dívida de R$ 20

Thiago Francisco teve a casa incendiada pela própria tia
Thiago Francisco teve a casa incendiada pela própria tia Foto: Maze Mixo / Extra

Uma dívida de R$ 20 acabou saindo mais caro para o armador de construção civil Thiago dos Santos Francisco, de 26 anos. Ele acusa a tia-avó de ter incendiado sua casa, no último sábado, no bairro Jardim Metrópole, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, porque não quitou o valor com a parente.

Segundo Thiago, sua tia emprestou o cartão de crédito para uma compra de R$ 440, parcelada em duas vezes. Quando foi pagar a última cobrança, no dia 20 deste mês, ele informou que só tinha R$ 200 e pagaria os R$ 20 restantes nos próximos dias. Mas, durante uma festa de amigos em comum, no sábado, ela cobrou e disse que se ele não pagasse iria matá-lo e incendiar sua casa, segundo conta a vítima.

— Ela se despediu da gente e quando fui ver minha casa estava pegando fogo. Perdi tudo. Só de roupa devo ter perdido uns R$ 2 mil — afirma.

Thiago estima agora um prejuízo em mais de R$ 15 mil. Ele perdeu aparelho de som, televisão, sofá e os móveis de sua casa. A estrutura do lugar, que tinha um quarto, sala, cozinha e banheiro, também foi abalada.

A vítima revelou ainda que utilizou o cartão de crédito da tia para comprar roupas e comida. Thiago atualmente está desempregado.

— É irmã da minha mãe, mas eu quero justiça. Não é a primeira vez que ela faz isso. Toda vez que ela briga com alguém sai quebrando as coisas. Ela não pode ficar impune — disse Flávia Andrade dos Santos, de 42 anos, mãe de Thiago.

O caso será registrado na 64ª DP (Vilar dos Teles).

Fonte: Extra

Entidades da Vila Kennedy criam rede comunitária

Objetivo é construir propostas, trocar experiências e desenvolver ações em conjunto

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Reunião teve participação de 30 entidades atuantes na comunidade / Agnaldo Santana

​Alfredo Mergulhão

O Centro Comunitário Irmãos Kennedy recebeu, na manhã desta sexta-feira, 27 de março, o I Encontro de Rede. O evento foi realizado pelo Centro Comunitário Irmãos Kennedy, em parceria com o Instituto Pereira Passos (IPP), e teve participação de 30 entidades atuantes na comunidade localizada na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

O encontro contou com representantes de diversas entidades
O encontro contou com representantes de diversas entidades

O objetivo da rede é construir propostas, trocar experiências, discutir demandas e fortalecer as ações desenvolvidas por diferentes atores sociais na Vila Kennedy, como órgãos públicos, instituições privadas, ONGs e voluntários.

O encontro teve representantes de entidades que atuam nas áreas de esporte, cultura, educação, geração de renda e igrejas, além de cinco associações de moradores de localidades situadas dentro da Vila Kennedy.

“Com a rede nós poderemos nos fortalecer, ampliar a prestação de serviços e melhorar a qualidade deles, além de conseguir arrecadar recursos públicos e privados para executá-los”, disse a presidente do Centro Comunitário Irmãos Kennedy, Verônica Gomes Martins da Silva.

A reunião foi precedida por um mapeamento de entidades que trabalham no local. Este levantamento ficou à cargo do IPP, que percorreu a comunidade durante seis meses para identificar os problemas a serem superados.

Líder comunitário Sandro Mendes participou com outros moradores
Líder comunitário Sandro Mendes participou com outros moradores

“Percebemos que muitas vezes falta diálogo entre as instituições e isso resulta em sobreposição de atividades. Nós acreditamos que o diálogo seja a chave para avançar e a rede é o espaço para isso”, explicou Júlio Vitor Rocha da Silva, gestor da equipe de campo do IPP na Vila Kennedy e no Jardim Batan.

Líder comunitário que atua na área de turismo, Sandro Mendes lembrou que alguns eventos aconteceram simultaneamente na comunidade. Sua proposta foi de criar um calendário de atividades para que os moradores não fiquem divididos nas datas em que ocorrerem. “Estamos em um dos nossos melhores momentos, bem diferente do passado. Acho que podemos unir toda a comunidade”, disse.

A ideia é que as reuniões sejam mensais e itinerantes, para que os eventos circulem pela comunidade. Outra característica da rede será a horizontalidade, sem a figura de um líder, para não personalizar as discussões.

Fonte: PMERJ

Pavão-Pavãozinho recebe Startup Weekend Change Makers

Evento é considerado um dos principais de empreendedorismo do mundo

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Nesta edição, que ocorre em outras cidades do mundo, ideia é focar na resolução de problemas sociais / Bruna Basilio

Começou nesta sexta-feira, 27 de março, o Startup Weekend Change Makers, um dos principais eventos de empreendedorismo do mundo. A ação será realizada até o dia 29 de março, na comunidade Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, com o intuito de gerar oportunidades para empreendedores, designers e programadores que acreditam ter uma boa ideia na cabeça, que podem ajudar na resolução de problemas sociais.

O Change Makers é a “versão 2.0” do Startup Weekend Rio Favela, que ocorreu em 2014 na Providência e retorna após um imenso sucesso, por ter sido o primeiro de sua série a ser realizado em uma comunidade. No evento com 54 horas de duração, são montados times espontâneos que criam startups. Nessa edição, que ocorre ao mesmo tempo também em outras 13 cidades ao redor do mundo, a ideia é focar na resolução de problemas sociais.

Bernard de Luna é um dos organizadores do evento
Bernard de Luna é um dos organizadores do evento

“O objetivo principal é empoderar os participantes para que saibam processos e outras habilidade que são necessárias para criar e mudar cenários através do empreendedorismo, nesse caso, com foco em mudanças de impacto social, local ou global”, afirmou o organizador do evento Bernard de Luna.

No Pavão-Pavãozinho, os moradores e participantes inscritos vão se reunir na ONG Solar Meninos de Luz, em parceria com o Comitê para a Democratização da Informática (CDI). São esperados mais de 100 empreendedores e desenvolvedores de ideias. A escolha da comunidade para ser palco do evento não foi à toa. Segundo Bernard, o Pavão-Pavãozinho apresenta uma série de excelentes indicadores, como a possibilidade de que moradores possam identificar problemas sociais e terem mais poder para criarem negócios sociais.

“Um Startup Weekend na comunidade seria o momento ideal para empoderar esses líderes comunitários e gerar mentes empreendedoras, para resolver problemas sociais locais, ou até mesmo replicáveis em outras comunidades ao redor do mundo, que é o propósito da temática do evento: ser um “change maker” (Agente de mudança)”.

Evandro Vieira Ribeiro, 50 anos, não participou do evento no ano passado, porém em 2015 ele vem pronto para ganhar. O empreendedor vai apresentar o projeto “Assoprar Brasas”, que tem como principal objetivo reduzir os impactos sociais e dar suporte para que as pessoas atinjam seu potencial.

Empreendedor Evandro vai apresentar o projeto “Assoprar Brasas”
Empreendedor Evandro vai apresentar o projeto “Assoprar Brasas”

Ele conta que a ideia surgiu tão logo que se mudou de Minas para o Rio. Quando chegou na cidade, ele constatou um grande número de pessoas dormindo nas ruas e começou a pesquisar o que leva tanta gente a sair de suas casas, ou barracos, para irem vagar pelas ruas, sem rumo, sem futuro. O resultado dessa pesquisa foi a primeira semente para projeto.

“O modelo de educação atual mostra-se ineficaz e não garante a oportunidade de visualização clara dos pontos individuais, de aumento da autoconfiança, de quebrar barreiras de limitação, para que as pessoas possam conhecer e atingir seu potencial máximo e alcançar suas metas de forma objetiva e, principalmente, assertiva”.

Evandro já tem larga experiência como empreendedor, tendo ganhado prêmios como o IMEC de melhor Consultoria em MG. “Com 25 anos empreendendo, aprendi a correr riscos calculados e estar à frente das pessoas do meu tempo, sou movido a desafios”. Ele afirma que tem ferramentas poderosas que mudarão a vida de muitas pessoas, e no Change Makers vai apresentar apenas um elo de uma corrente.

Como funciona o SW

Change Makers é a “versão 2.0” do Startup Weekend Rio Favela
Change Makers é a “versão 2.0” do Startup Weekend Rio Favela

O evento começa com a apresentarão de ideias empreendedoras e a seleção por votação, feita pelos próprios participantes.  As opções mais populares viram grupos de trabalho, formados pela pessoa que propôs a ideia e outros participantes que não tiveram votos suficientes. A partir daí se inicia a modelagem dos novos negócios e o desenvolvimento dos protótipos, e a ideia começa a tomar forma pelas mãos dos próprios participantes.

Durante todo o percurso os participantes contam com o apoio dos mentores; um grupo composto por profissionais com experiência em empreendedorismo. Com eles, os grupos desenham os modelos de negócios, validam soluções, desenvolvem os projetos e iniciam os novos empreendimentos.

A terceira e última etapa é a apresentações das ideias, assim como a premiação dos melhores modelos de empreendedorismo. Sob os olhos de alguns dos principais investidores do país, os empreendedores terão a oportunidade de mostrar seu projeto inovador e garantir um patrocínio para torná-la realidade.

Diversas empresas já nasceram em eventos Startup Weekend, entre elas a já global EasyTaxi, criada na primeira edição do evento realizada no Rio de Janeiro, e a Plataforma Saúde, negócio com intuito de disseminar a prevenção de doenças em comunidades carentes, criado pelo administrador de empresas Luíz Carvalho, de 73 anos, durante o Startup Weekend de 2014

O evento conta com o patrocínio do Comitê para a Democratização da Informática (CDI), Sebrae, Coca-Cola, Google e Post-It.

Fonte: PMERJ

Centro da Juventude beneficia 900 jovens de Manguinhos

Unidade oferece artes marciais e oficinas de dança

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Atividades incluem aulas de boxe, capoeira, jiu-jitsu, MMA, futebol, ginástica e alongamento / Rogério Santana

Centro de Referência da Juventude (CRJ) de Manguinhos é um espaço democrático e aberto à diversidade. Vinculado à Superintendência da Juventude, da Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude, ele está localizado na área central da comunidade pacificada da Zona Norte e recebe atualmente cerca de 900 alunos, com idades entre 10 a 29 anos.

As atividades oferecidas incluem aulas de boxe, capoeira, Jiu-jítsu, MMA (Artes Marciais Mistas), futebol e ginástica/alongamento. Umas das alunas do balé é Jamile Olicea, de 11 anos, que deseja ser bailarina.

As aulas de balé já vêm inspirando futuras bailarinas da comunidade
As aulas de balé já vêm inspirando futuras bailarinas da comunidade

​”Adoro o balé. Acho que me deixou mais calma e ajudou na concentração dos estudos. Quero ser uma grande bailarina quando crescer e, por isso, preciso me dedicar muito ainda”, afirmou Jamile.A turma do caratê é uma das mais concorridas do CRJ. Enquanto os alunos prestam atenção nos ensinamentos dos mestres, os pais ficam observando o desempenho dos filhos.

Moradora de Manguinhos, a dona de casa Norma Maria de Oliveira, de 50 anos, tem dois filhos, de 13 e 10 anos, e disse que o esporte mudou a vida dos meninos.

“O mais novo tem problemas de hiperatividade. Depois que ele entrou na luta, melhorou muito o seu comportamento. É importante cada vez termos espaços como esse, pois é uma tranquilidade saber que meus filhos estão ocupados com esta atividade esportiva”, explicou Norma.

Jonathan já ganhou a medalha de ouro na seletiva estadual
Jhonathan já ganhou a medalha de ouro na seletiva estadual de Caratê

Um dos destaques da turma, Jhonathan Souza, de 14 anos, ganhou a medalha de ouro na seletiva estadual da modalidade neste mês. Seu objetivo é participar de uma Olimpíada no futuro.

“Acompanhava meu irmão no treino e comecei a gostar de caratê. Um dia, fiz uma aula e adorei. Agora, estou bem focado nos estudos e não fico até de madrugada na rua, porque sei que tenho treino no dia seguinte. Quero ser campeão mundial e participar dos Jogos Olimpicos”, disse o jovem atleta.

Aulas de inglês para turismo atraem alunos

No local, também são oferecidas aulas de inglês para o turismo. Com os eventos esportivos que o Rio de Janeiro tem recebido, a demanda por idiomas aumentou.

O CRJ fechou parceria com o PAC Social, do governo federal, para oferecer as capacitações. O jovem Renan dos Santos, de 16 anos, está matriculado nas aulas.

O CRJ apresenta novas perspectivas de futuro para juventude
O CRJ apresenta novas perspectivas de futuro para juventude

“Achei bem bacana a oportunidade de ter esse curso perto de casa e da escola, pois não preciso me deslocar tanto. É importante sabermos outra língua. O inglês é o mais pedido nas empresas”, explicou Renan.

Para Cynthia Andrade, coordenadora do CRJ, o importância do espaço é manter projetos focados na juventude.

“Acompanho várias gerações e já vi diversas mudanças de alunos que hoje têm outra postura. Aliar o esporte e a cultura à juventude é ótimo, pois só assim conseguiremos afastar nossos jovens das drogas”, afirmou Cynthia.

Os Centros de Referência da Juventude têm como objetivo apresentar novas perspectivas de futuro para juventude através de inclusão social de jovens de comunidades em situação de risco social.

As comunidades da Cidade de Deus, Manguinhos, Jacarezinho, Complexo do Alemão, todas na Zona Norte do Rio, Cantagalo, na Zona Sul, e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, também abrigam sedes dos CRJs.

Fonte: PMERJ

Corrida no Borel promove integração com o morro

Projeto De Braços Abertos realizou a 2ª edição na comunidade

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Iniciado em 2012, o projeto usa o esporte como plataforma de integração / Bruna Basilio

A recreadora Isabel Batista, de 23 anos, mal conteve a emoção quando cruzou a linha de chegada da corrida promovida pelo Projeto De Braços Abertos na Rua São Miguel, em frente ao Ciep Dr. Antoine Magarinos Torres. Moradora do Borel, a jovem estava satisfeita com seu desempenho de iniciante. “Pouco importa o resultado. O mais legal foi terminar a corrida e mostrar o morro para as pessoas de fora”, disse.

Isabel mal conteve a emoção quando cruzou a linha de chegada
Isabel mal conteve a emoção quando cruzou a linha de chegada

Iniciado em 2012, o projeto usa o esporte como plataforma de integração, realizando corridas em comunidades pacificadas. Na manhã deste domingo, 29 de março, o evento esteve pela segunda vez no Borel. O percurso da prova passou por ruas do Borel, do Andaraí e da Tijuca, reunindo moradores do morro e do asfalto.

Isabel correu acompanhada de três amigos, todos do Borel. Um deles é Géssica Pereira, de 21 anos. A estudante universitária disse que a corrida serve de incentivo para os moradores praticarem esporte e destacou a importância das pessoas conhecerem a realidade do morro. “É a segunda vez que participo da prova e a gente se sente orgulhoso de mostrar nossa casa e nosso bairro para as pessoas. A sociedade precisa olhar para o morro”, afirmou.

Quem subiu as ladeiras da comunidade para participar da corrida sentiu-se acolhido. O fuzileiro naval Pedro Brum, de 34 anos, viu alegria nos moradores do Borel a cada passo que dava. “O mais interessante dessa prova é o fato dela acontecer em um local onde não tinha a menor condição há pouco tempo”, disse. Ele participou das corridas realizadas na Rocinha e Vidigal, no ano passado.

Corrida passou pelo Morro do Borel, da Cruz, do Bananal e da Casa Branca
Corrida que passou pela comunidade teve duas categorias: 5 km e 10 km

A corrida teve duas categorias: de 5 km e 10 km, ambas com passagens pelo Morro do Borel, da Cruz, do Bananal e da Casa Branca. Também houve uma mini corrida para cerca de 500 crianças. A realização do evento contou com a participação de 200 moradores da comunidade. Eles foram capacitados para trabalhar na realização da prova.

Bernardo Fonseca, presidente do Instituto XTERRA, empresa responsável pelo projeto, acredita que as corridas “quebram paradigmas” na relação entre morro e os demais bairros da cidade. “Usamos o esporte como uma plataforma de comunicação entre comunidades e os bairros, integrando corredores de todos os lugares. O projeto se insere na política de pacificação e de aproximação das comunidades com os bairros”.

Secretário José Mariano Beltrame marcou presença e participou
Secretário José Mariano Beltrame marcou presença e correu no evento

O ​coordenador de Articulação Comunitária das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), major Marcelo Corbage, participou da corrida. Ele correu a prova de 10 km e destacou a representatividade desse evento para o processo de pacificação. “Nada melhor que o esporte para romper a barreira invisível, que é cultural e econômica. O esporte tem isso de bom porque ele promove essa integração independente da cor, credo, condição econômica. E a maior beneficiada disso tudo é a população do Rio de Janeiro”.

O secretário de Estado da Segurança, José Mariano Beltrame, também participou do evento. Ele enfatizou o aspecto integrador da corrida, que trouxe moradores dos bairros para o morro. “O que a gente quer é que as pessoas venham de fora participar”, disse. O secretário acrescentou que esse tipo de evento se insere na política de pacificação na medida em que desmistifica as comunidades. “É importante que as pessoas subam o morro e vejam que o coração das pessoas lá de cima bate da mesma forma das pessoas que moram embaixo”.

Fonte: PMERJ

Ruas de 161 comunidades com UPPs são mapeadas

Projeto garante aos moradores ampliação do acesso a serviços públicos

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Trabalho vem permitindo aos moradores o aumento de acesso a serviços públicos

​Um mapeamento realizado pelo Instituto Pereira Passos (IPP), em conjunto com integrantes do programa Rio+Social, vem mudando o dia a dia de moradores de comunidades pacificadas. Iniciado em 2011, o projeto já mapeou mais de 299 quilômetros de ruas em 161 comunidades com Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). O trabalho vem permitindo aos moradores o aumento de acesso a serviços públicos, como o recebimento de correspondências.

“Este é mais um grande ganho para a população. As UPPs garantem a livre circulação de pessoas com segurança nestes territórios. O mapeamento permite a formalização desses espaços, conferindo maior segurança jurídica”, afirmou o porta-voz da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), major Marcelo Corbage.

Nos últimos anos, as equipes ajudaram a identificar ruas que, até então, eram conhecidas apenas pelos moradores. Muitos dos agentes de campo que atuaram no trabalho foram recrutados nas comunidades. “Realizamos o mapeamento de todas as áreas por meio de geoprocessamento, tecnologia que envolve o uso de satélite e ortofotos, que são fotografias aéreas da cidade inteira” disse o geógrafo do IPP, Leandro Gomes Souza.

Entre os principais ganhos da iniciativa, está a possibilidade de traçar rotas e identificar locais com precisão para que órgãos públicos possam ampliar o alcance de seus serviços.

“Para o cidadão, ter um endereço é possuir uma identidade. Quando você não tem um comprovante de residência, as cartas e encomendas não chegam, os fornecedores de serviços não conseguem te achar”, afirmou Geílson Almeida, gestor da equipe que atuou no projeto na Cidade de Deus.

Na comunidade da Zona Oeste, os novos logradouros ganharam nomes bíblicos. Morador da região, João da Silva, de 57 anos, trabalha com pintura e já perdeu clientes por não ter seu endereço identificado.

“Já aconteceu de virem me procurar e irem embora porque não acharam a minha casa”, disse João.

Fonte: PMERJ